Imagem Quoc Dinh
Encontro-me, no rebordo do meu mar, feito de nuvens brancas que os penhascos vêem beijar. Para mim, este é o limiar, o espaço entre o céu e este oceano, o lugar de respirar a brisa deste pranto. Sento-me, vejo como o vento agita a brancura imensa deste sítio, como as ondas feitas de ar beijam as rochas sem se quebrar. Pergunto-me, o que haverá no fundo deste abismo? Serei capaz de nele mergulhar, ou confinarei a minha vida apenas a observar? Este mundo, no cume agreste deste promontório onde todos os meus sonhos são ventos e todos os meus gritos reflexos de tormentas, inflectem na direcção do horizonte, procurando para lá do mar, para lá de outro monte, a saudade do teu olhar, a vontade de contigo estar neste equilíbrio perfeito entre o mar de nuvens e o azul do céu infinito.
Druida Noite
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